quarta-feira, julho 29, 2015

SAIAS DA NAZARÉ

O traje das mulheres da Nazaré é conhecido pelo uso de muitas e bonitas saias. Hoje publico alguns exemplares pertencentes ao Museu Dr. Joaquim Manso, situado no Sitio da Nazaré, e que merece bem uma visita.

SAIAS DE CIMA

Fig.1
Datação: XX d.C. - Anos 1950
Matéria: Lã (escocês e castorina); algodão
Dimensões (cm): altura: 68;
Descrição: Saia de "de cima" de duas rodas. A primeira roda é de escocês e a de baixo de castorina. Afeiçoa à cintura por pregas estreitas que são apenas armadas no cós "desalvorada". O cós é constituído por um debrum de fita estreita que excede as dimensões da cintura em duas pontas que caiem soltas junto à abertura lateral. Bainha larga. A orla é guarnecida com fita preta de lã.
Proveniência: Nazaré.
Origem / Historial: Para usar no traje de trabalho.
 
Fig.2
Datação: 1953 d.C.
Matéria: Lã (escocês); seda
Dimensões (cm): altura: 70;
Descrição: Saia de escocês aos quadrados azuis e brancos com riscas amarelas e pretas. Afeiçoa à cintura por meio de pregas estreitas exceto à frente que é lisa. O cós é constituído por um debrum de fita estreita de seda castanha que excede as dimensões da cintura em duas pontas que caiem soltas junto da abertura lateral. Bainha larga. Na parte superior da bainha, um "refegue" (nervura).
Origem / Historial: Para usar no Traje de Festa.
 
Fig.3
Datação: 1950 d.C.
Matéria: Lã fina (caxemira)
Dimensões (cm): altura: 72;
Descrição: Saia de caxemira aos quadrados azul e rosa. Afeiçoa à cintura por meio de pregas estreitas exceto à frente que é lisa. O cós é constituído por um debrum de fita estreita de seda castanha que excede as dimensões da cintura em duas pontas que caiem soltas junto da abertura lateral. Na parte superior da bainha, duas fitas paralelas de seda estreita vermelha.
Origem / Historial: Para usar no Traje de Festa.
 
Fig.4
Datação: 1946 d.C. - Primeira metade do séc. XX
Matéria: Tecido de lã fina; veludo
Dimensões (cm): altura: 59;
Descrição: Saia que afeiçoa à cintura por pregas estreitas. O cós é constituído por um debrum de fita de seda. Bainha larga e cercadura decorada com fita estreita de veludo preto, formando motivos geométricos (losangos).
Proveniência: Sítio da Nazaré.
Origem / Historial: Saia para usar no trajo de festa. É designada, a nível local, por "saia de arquinhos".
Fig.5
Datação: 1880 d.C. - 1890 d.C.
Matéria: Algodão (chita)
Dimensões (cm): altura: 94;
Descrição: Saia de algodão preto com raminhos brancos. Afeiçoa à cintura por meio de pregas estreitas, exceto à frente onde são mais largas. O cós é constituído por um debrum do mesmo tecido. Bainha larga forrada de chita de outro padrão.
Proveniência: Sítio da Nazaré.
Origem / Historial: Pertenceu a Soledade Lucas Marques Luzindro, cuja data de nascimento e morte é desconhecida, apenas se registando que a saia tinha 116 anos no momento da incorporação (1976). Vivia no Sítio da Nazaré, onde tinha uma loja de tecidos, na atual Rua 25 de Abril.
 
Fig.6
Datação: 1949 d.C.
Matéria: Merino
Dimensões (cm): altura: 71,5;
Descrição: Saia de merino preto e com 4 panos. É afeiçoada à cintura por meio de pregas estreitas, exceto a frente onde são mais largas, armadas no cós e vincadas numa altura de 9 cm, onde é bordada uma cercadura com motivos florais a ponto de cruz. A orla é guarnecida com uma barra de veludo preto com 20 cm, encimada por um conjunto de sete nervuras.
Proveniência: Sítio da Nazaré.

 
SAIAS DE BAIXO

Fig.7
Datação: XX d.C.
Matéria: Lã
Dimensões (cm): altura: 58;
Descrição: Saia de fazenda de lã creme. É inteira, uma só roda, e afeiçoa à cintura por meio de pregas apenas armadas no cós que é guarnecido com fita de seda formando debrum. A orla termina em recortes ou "bicos" caseados a linha verde e no centro destes, raminhos bordados à máquina.
Origem / Historial: Usa-se como saia interior, mas para usar no traje de festa.

Fig.8
Datação: 1976 d.C.
Matéria: Flanela de algodão
Dimensões (cm): altura: 69;
Descrição: Saia de flanela cinzenta, inteira, com bicos debruados a fita de algodão cor-de-rosa.
Origem / Historial: Para usar no traje de trabalho

 
Fig.9

Datação: 1936 d.C.
Matéria: Tecido de algodão cinzento e branco.
Dimensões (cm): altura: 67;
Descrição: Saia inteira (uma só roda). Afeiçoa à cintura por meio de pregas apenas armadas no cós que é guarnecido com uma tira de pano cosida do direito da saia e virada para o avesso formando um debrum. A orla termina em recortes ou "bicos" caseados a linha perlé lilás, com "picot" em lã cor-de-rosa. No centro de cada "bico" raminhos bordados em várias cores, a ponto cheio e pé-de-flor.

Fig.10
Datação: XX d.C.
Matéria: Tecido de lã (escocês); flanela de algodão
Dimensões (cm): altura: 68;
Descrição: Saia "de baixo" do trajo de trabalho, com duas rodas. A de cima é de flanela cinzenta e a de baixo é de escocês. Bainha forrada de flanela cinzenta. Os "bicos" são debruados a fita de algodão colorida (verde).

Fig.11
Datação: XX d.C.
Matéria: Flanela de algodão
Dimensões (cm): altura: 73;
Descrição: Saia de flanela cor-de-rosa e amarela. É "inteira"(uma só roda). Afeiçoa à cintura por meio de pregas apenas armadas no cós que é guarnecido com uma fita de seda (ciré). A orla termina em recortes ou "bicos" caseados a linha perlé azul.
Origem / Historial: É usada no trajo de festa.

Fig.12
Datação: XX d.C.
Matéria: Flanela de algodão
Dimensões (cm): altura: 76;
Descrição: Saia de flanela bege com motivos decorativos grenás e verde. É "inteira" (uma só roda). Afeiçoa à cintura por meio de pregas apenas armadas no cós que é guarnecido por uma fita de seda (ciré). A orla termina em recortes ou "bicos" caseados a linha perlé vermelha.
Origem / Historial: Para usar no trajo de festa.

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