segunda-feira, julho 21, 2014

Calçado popular


Botas de Cano - Matosinhos
Datação: XIX d.C. - XX d.C.

Matéria: Madeira; Metal (ferro); Cabedal

Dimensões (cm): altura: 53; largura: 17; comprimento: 31;

Descrição: Botas (par) de cano alto e rasto em madeira; e gáspea, talão e pala de cabedal de cor acastanhada. O rasto apresenta vestígios de tingimento a cor vermelha. É constituído por salto, enfranque e pata. O salto é baixo e apresenta, a ladear os contornos exteriores formando espécie de ferradura, uma aplicação de tira de sola de cor preta, semeada com cardas de ferro justapostas às suas extremidades. O enfranque é curvilíneo, em continuação com a pata. Esta, apresenta três aplicações de sola: duas de lado e uma, à frente, com os contornos da biqueira. São todas semeadas com cardas de ferro, de formato circular. A unir o rasto à gáspea e ao talão, uma banda de sola de cor preta, pregada de espaço a espaço por pregos metálicos de cabeça pequena batida. Na zona da biqueira, apresenta, em vez desta banda, uma outra, de formato semicircular, que a cobre e à dianteira do rasto. A gáspea e o talão, embora simétricos, são de igual formato, apresentando uma boca que forma um lóbulo ao centro. A esta boca está costurado um cano do mesmo material, que estende até acima dos joelhos, formando uma pala - um grande lóbulo na parte dianteira. A costura é visível através de duas fileiras executadas a linha de cor branca, nos contornos superiores das gáspeas. O cano é feito de uma só peça de cabedal, sendo que é cosido, longitudinalmente, do lado interior da bota a linha de cor branca. Na extremidade superior de tal costura, e na do lado oposto a esta, espécie de presilha de cabedal. As presilhas do lado interior da bota, apresentam um anel feito em corda.


Sapatos Homem - Algarve
Datação: XIX d.C. - XX d.C.

Matéria: Sola; Calfe; Metal

Dimensões (cm): altura: 8; largura: 10; comprimento: 27,5;

Descrição: Sapatos (par) com rasto em sola. Este apresenta um salto baixo, constituído por duas camadas de sola pregadas e coladas. A parte superior dos sapatos é constituída por gáspeas, talão e biqueira. Todas estas peças são em calfe de vitela de cor preta. As gáspeas estendem-se sobre o peito do pé, formando, nesta zona, uma língua. O talão percorre a zona do calcanhar, diminuindo a sua altura, e formando duas orelhas que se sobrepõem à língua das gáspeas. Estas apresentam três furos, dados longitudinalmente, por onde passa um atacador de cor preta. A biqueira, do mesmo material, forma uma meia-lua de orla ponteada à máquina e furada em pequenos círculos, de espaço a espaço. O interior dos sapatos é forrado a couro, apresentando também, sobre o rasto, uma palmilha em couro de cor branca.
Proveniência: Faro / Loulé / Alte.



Botas - Baixo Alentejo
Datação: XIX d.C. - XX d.C.

Matéria: Couro; Borracha; Metal

Dimensões (cm): altura: 27; largura: 10; comprimento: 25;

Descrição: Botas (par) com rasto em couro, constituído por salto, enfranque e pata.

O salto é alto e afunilado. É forrado a borracha de cor preta, à qual estão aplicados vários pregos metálicos. O enfranque é esguio e a pata de bico ligeiramente levantado. Esta zona é completamente recoberta de pregos metálicos. Pregadas ao rasto surgem as gáspeas de couro. A elas, na orla interior, está aplicado, por dentro, um talão alto, formando um cano. Este é aberto longitudinalmente, à frente, ao centro. Apresenta, em cada aba quinze ilhós metálicas. Por entre as abas, surge uma língua de couro que está aplicada na extremidade inferior da abertura, por baixo do talão e das gáspeas.
Proveniência: Beja /Serpa

 
Botas da Pesca do Bacalhau
Datação: XX d.C.

Matéria: Cabedal e madeira

Dimensões (cm): altura: 58;

Descrição: Par de botas que cobrem o pé e parte da perna até aos joelhos.

Origem / Historial: Estas botas de bacalhoeiro pertenceram ao pescador Armando Bizarro Valverde, da Nazaré. Era o calçado que os pescadores usavam quando escalavam o bacalhau.
 
Proveniência: Nazaré.
 
 
 
 
Fontes:
Museu de Arte Popular.
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