sexta-feira, setembro 28, 2012

Viver o Presente Lembrar o Passado

É já no Sábado dia 22 de Setembro de 2012 : Aqui fica o convite feito pelas Gentes de Almeirim, para um dia de Tradição . Uma oportunidade unica para passar o dia e noite envolto nas coisas de antigamente das Gentes de Almeirim e assistir ao maravilhoso desfilar de lenços, xailes, modas e bailhos, trajos e cantigas que tão bem definem e representam todos os Almeirantes. Depois da animação no Mercado pela manhã e os jogos tradicionais á tarde no Jardim da Republica o dia termina com mais um espectaculo "Encantos da Minha Terra"
por Florêncio Cacete
 

quinta-feira, setembro 27, 2012

ALDEIAS DE PORTUGAL

"Este é um trabalho tão simples e humilde quanto a vida nas Aldeias de Portugal."
Após dois anos e meio de um trabalho intenso, apaixonado e dedicado à revitalização e preservação da vida nos territórios rurais, através da página do facebook Aldeias de Portugal, Paulo Costa lança agora o livro anunciado, destacando nesta obra as melhores fotos e textos partilhados nestes últimos dois anos, sublinhando ainda alguns textos inéditos, assim como também algumas fotos. Este é um trabalho tão simples e humilde quanto a vida nas Aldeias de Portugal. Um livro com imagens marcantes, com textos elucidativos da vida rural, da nossa história, da nossa cultura e das nossas tradições, onde poderá encontrar também receitas de pratos da nossa gastronomia tradicional.
Este é um livro que pretende demonstrar que a vida nas Aldeias de Portugal é um dos fatores culturais mais valiosos da história de Portugal, assim como transmitir que é possível continuar a amar a origem de cada um.
 Um livro tão simples e humilde quanto a história das próprias aldeias, mas um livro que certamente irá enriquecer a biblioteca de quem ama a sua origem.

LANÇAMENTO
A Apresentação Oficial do livro irá ter lugar no próximo dia 27 de Outubro de 2012 em Poiares, aldeia do autor, situada no Concelho do Peso da Régua, Distrito de Vila Real.
O livro irá ter o preço de capa de 32,00 Euros, no entanto os primeiro 1.000 livros a ser adquiridos terão um preço de lançamento de 27,00 Euros no site “Mundo das Aldeias”.

Desfolhada na Feira


quarta-feira, setembro 26, 2012

Trajes da Serra da Estrela


Esta é uma apresentação de trajes da Serra da Estrela a cargo do Rancho Folclórico Os Pastores de São Romão, efetuada em Coimbra em 1992.

terça-feira, setembro 25, 2012

MEIAS – Lingerie ou uso externo?

por TRAJAR DO POVO EM PORTUGAL

Há duas histórias diferentes no que respeita ao uso das meias: na nobreza/burguesia e no povo. Por outro lado, a história das meias é indissociável da história das malhas, uma das técnicas de entrelaçamento de fios e fibras, de modo a produzir tecidos.

 
MALHAS
 
O entrelaçamento de fios com laçadas nasceu no Egipto antigo, onde as agulhas de osso e madeira desempenhavam um papel importante. Na mitologia grega apresentasse-nos o caso da esposa de Ulisses, Penélope, que para resistir ao casamento com um pretendente que afirmava estar Ulisses já morto e perante o interesse de seu pai nesse segundo casamento, pediu que a deixassem terminar uma peça de tecido; o decido aumentavam de dia e diminuía de noite, pelo que a ardilosa grega apenas poderia estar a usar a técnica da malha.
 
Com efeito, a malha recorre a laçadas que se desfazem, enquanto a tecelagem usa o cruzamento ortogonal de fios (teia e trama) nos dispositivos básicos ou manuais ou a combinação destes com fios enviesados (por exemplo para a produção de sarjas) ou torção de alguns destes fios (originando texturas encaneladas) ou ainda com a introdução de fios com cores diversas para obter padrões com figuras na própria tecelagem.
 
A malha “do povo” usa um único fio e é obtida por trama, equivalente à progressão no sentido horizontal do tecido. A malha industrial pode incorporar de um a muitas dezenas de fios e o seu enlaçamento evolui por teia, ou seja: o tecido cresce no sentido vertical. Este princípio é fundamental para quem quiser diferenciar a natureza de um tecido de malha.

MEIAS NA NOBREZA/BURGUESIA
O uso sistemático de meias, obtidas por processos de fabrico elaborado iniciou-se no exército romano, nas campanhas militares de inverno nas regiões mais frias da Europa central e nórdica. No decorrer do século XIV entrou para o uso cortesão dos homens, através de uma moda que nasceu em Espanha e se espalhou por todas as cortes e palácios da Europa. O seu uso estava apenas confinado aos homens, havendo uma frase célebre do ultra-católico Filipe IV, em relação a uma oferta de meias de seda que fizeram à sua esposa e que ele recusou com grande azedume: “As mulheres não têm pernas!”.
 
Foi preciso chegar ao final do séc. XVIII e à boleia dos ventos que sopraram da revolução francesa, para que as meias fizessem parte da indumentária feminina… nas classes dominantes.
 
Em pleno século XX, em Portugal, as meias de algodão produzidas em maquinaria de malha, começaram a chegar e a ser produzidas para serem usadas pelas mulheres que iam diminuindo o comprimento das saias. Nos anos 20 e 30 já muitas mulheres da burguesia portuguesa as usavam e depois desta data, também as cachopas que se vestiam “à rancho” o começaram a fazer.


1880

MEIAS NO POVO
Livre de preconceitos, sujeito a necessidades e sem outros recursos do que os que cada região possui, o povo terá usado meias, no masculino e no feminino, antes das classes dominantes. Naturalmente, não como adorno, mas como necessidade nas estações mais frias do ano.
A proteção aquecida dos pés e pernas, começou por ser feito com pele de animais e foi evoluindo para soluções mais elaboradas e confortáveis, sendo incontornável o uso de fibras animais, pelo seu aconchego. Já se perdeu o aproveitamento dos pelos dos cavanhaques dos bodes (excecionalmente compridos) para fazer meias, do mesmo modo que se perdeu o uso das cerdas lombares dos porcos para fazer pincéis. Permanece a lã.




1880
Resulta assim, que as meias do povo são de lã, com malha manual, por vezes feitas com muita criatividade, tal como intercalar fios de lã com cores alternadas (lã branca e lã churra de cor castanha). Estas meias e estes usos podem ser indistintamente tomados pelas mulheres e pelos homens.
No caso concreto dos usos femininos nas mulheres do povo, as meias de algodão com rendados, desenhos e feitios, são de uma inutilidade total, pois as saias tapam até aos artelhos e não proporcionam os mesmos resultados aconchegantes das meias de lã. Convém não esquecer que até meados do século XX, em Portugal, a moralidade a que a mulher portuguesa estava sujeita, ainda aplicava a frase de Filipe IV: as mulheres não têm pernas.
Podemos concluir que no período onde pesquizamos e reproduzimos o trajar nos grupos de folclore (de finais do século XIX até primeiras duas décadas do século XX), as meias são uma peça de lingerie para as mulheres das classes dominantes e uma peça de uso externo e circunstancial para as mulheres do povo.

 
PS : queria acrescentar uma pequena explicação das fotos aqui colocadas no post.  São fotos do Minho, minhotos em trajes de festas na zona de Viana do Castelo com data 1880, e fotos de chinelos de Guimarães tirados da Ilustração Portuguesa de 1909.

Queria apontar que o uso dos "ranchos" dessa zona tem por habito usar meias de renda branca, ora aqui temos fotos a provar o contrario ou seja, a demostrar que não era "regra rígida"!!!!
Sendo assim uma minhota poderia usar durante a semana, ou numa grande ocasião todas essas possibilidades :

1.     Não usar meias
2.     Usar meias de lã
3.     Usar meias as riscas
4.     Usar meias de cor
5.     Usar meias rendadas.
Em conclusão a verdade esta na variedade e na simplicidade.

segunda-feira, setembro 24, 2012

Rancho Folclórico da Casa do Povo de Cano (Sousel)



Actuação do Rancho Folclórico da Casa do Povo de Cano (Sousel) nas Comemorações dos 500 anos do Foral da Vila de Cano em 22.09.2012

quinta-feira, setembro 20, 2012

A Cura da Espinhela Caida

“Parte do corpo que ninguém sabe o que é nem onde fica, mas de que muita gente sofre (!) e não falta sempre quem se apresse a curar o mal de espinhela caída. Quando alguém sofre do peito, ou está arruinado ou tem a espinhela caída, o que também é muito grave, tem de procurar logo quem lha endireite. Há sempre; a pessoa que se dispõe a operar coloca-se por detrás dele, ordenando-lhe que deixe cair os braços naturalmente. Depois pega-lhe nas mãos, levemente, elevando-lhe os braços à sua maior altura e tendo o cuidado de, quase impercetivelmente, fazer com que um dos polegares não chegue a atingir a altura do outro; e então, exclama muito satisfeita: _ Cá está! Eu bem dizia! E vai repetindo a operação, fingindo um grande esforço, até que os dois dedos se ugalham e então a espinhela está direita. Falta o receituário conveniente. Umas colheres de um remédio composto de toucinho alto, mel, pevides de abóbora, farinha de grão torrado, e algumas gemas de ovo. Deve-se tomar esta mistura durante dez dias, pelo menos, e não fazer o mínimo esforço. É claro que o doente, com um tratamento destes e com o competente descanso, sente melhoras apreciáveis. Sempre foi bom mandar endireitar a espinhela...”

F. Santos Serra Frazão,
Santarém, 1936, R. L. N.º 36, 1938

Durante a sua representação o Rancho Folclórico da Ribeira de Salavisa (Arganil) recria precisamente um momento da medicina tradicional portuguesa em que se procede à cura da Espinhela Caida de acordo com as tradições da Beira.

Reportagem – XIII Festival de Folclore de São Vicente de Fora


Decorreu no passado dia 16 de Setembro o XIII Festival do Rancho Folclórico de Ribeira de Celavisa, numa organização conjunta com a Junta de Freguesia de São Vicente de Fora.

Numa das zonas mais pitorescas da cidade de Lisboa, à sombra dos mais altos vultos de Portugal sepultados nos Panteão Nacional, o povo mostrou as suas tradições, saberes e sabores, numa magnífica tarde e perante um público entusiasta.

Desfilaram pelo tabuado o Grupo Folclórico de Santa Cristina do Couto – Santo Tirso, Grupo de Danças e Cantares Regionais do Orfeão da Feira – Santa Maria da Feira, Rancho Folclórico “As Mondadeiras” da Casa Branca – Sousel, Rancho Folclórico da Fajarda – Coruche e o grupo anfitrião Rancho Folclórico da Ribeira de Celavisa – Arganil.

Destaque ainda para a presença de um numeroso quadro de notáveis representantes das entidades representativas do poder local e das estruturas federativas do folclore, nomeadamente, o Presidente da Junta de Freguesia de São Vicente de Fora, Sr. Vitor Agostinho, e a Sr.ª Vice-Presidente da Federação de Folclore Português, Eng.ª Manuela Carriço, além de outros convidados.

“Trajes de Portugal” esteve presente e registou excelentes representações etnográficas, não querendo deixar de dar aqui o seu contributo para a divulgação destas iniciativas.

                           Convidados presentes

Grupo Folclórico de Santa Cristina do Couto – Santo Tirso

Grupo de Danças e Cantares Regionais do Orfeão da Feira – Santa Maria da Feira

Rancho Folclórico da Fajarda – Coruche


Rancho Folclórico “As Mondadeiras” da Casa Branca – Sousel

Rancho Folclórico da Ribeira de Celavisa – Arganil

Rancho Folclórico da Ribeira de Celavisa – Arganil

Fábio Luis e Vitor Agostinho (P.J.F.São Vicente de Fora)

sábado, setembro 15, 2012

A Peixeira de Lisboa

Descreve assim Júlio César Machado, na obra Álbum de Costumes Portugueses, “A Peixeira de Lisboa”:

A que está de cócaras é a representante da peixeira antiga; varina velha, de trajo alheio às caprichosas modas do dia … Na cabeça, lenço amarelo; no pescoço, lenço encarnado; colete atacado com cordão, pela frente, cinta azul, chapéu de Braga, saia de droga de lã mais rapada que cilício.

A outra, a bonita, é das que se avistam no mercado novo em noite de S. Pedro, festa de peixeira rara – rara avis … piscaria rara – porque sejam peixeiras o que lá haja menos.

Dormem sobre esteiras, em casas que alojam quatro e cinco casais, casas boas, Às vezes, de dezoito e vinte moedas de renda; ou em lojas sombrias e húmidas.

Vão aos ranchos, de madrugada, para a Ribeira, arrebatar o peixe dos leilões.
(…)
Enquanto pequenas, carregam o peixe miúdo, e, mais tarde, ninguém como elas para o segredo, que parece nada e para a venda é tudo, de dispor o peixe na canastra.
(…)
Mal disposto à vista, o peixe, pode, em vez de atrair as atenções, afastá-las e dar motivo a que se retraiam, dando assim em ficar com o pior defeito de um alimento, enjoar – antes de ser comido!
(…)
O peixe por cá é um amor, e elas, não só cuidam dele à maravilha, mas escolhem-o como sabedoras escrupulosas;
(…)
Agradam, estas raparigas, tais quais são; é o caso. Olhar fatigado das grandes lojas obrigadas a mármore, espelhos e oiro, descansa, quando contempla os lugares da Ribeira; assim, depois de ver senhoras, há quem não desgoste de ver peixeiras …

Fonte: Júlio César Machado, in, Álbum de Costumes Portugueses, edição Perspectivas & Realidades
Gravura: Aguarela de autor desconhecido

Artigo relacionado: Figuras Típicas de Lisboa - Varina e Varino

sexta-feira, setembro 14, 2012

terça-feira, setembro 11, 2012

Festival de Folclore em Santana do Mato


Mostra de Trajo Etnográfico da Alta Estremadura


O meio e as condições ambientais próprias de cada uma das regiões do nosso país determinaram os modos de vestir, as tradições e os costumes, resultando assim na riqueza etnográfica do nosso país.

Foi essa a riqueza exibida na Mostra de Trajo Etnográfico da Alta Estremadura que se realizou no passado dia 8 de Setembro em Leiria.

Numa passerelle montada num espaço de encantadora beleza e profundo significado para a cidade de Leiria, o Mercado de Sant'Ana, desfilaram trajes de crianças, de noivos, de trabalho, de festa e abastados desta região, numa simbiose perfeita com o suporte musical ao vivo, composto por duas dezenas de tocadores, cantadores e cantadeiras dos vários grupos participantes, mostrando assim os modos das populações desta região nos finais do sec.XIX e início do sec.XX.

Participaram nesta Mostra elementos dos ranchos folclóricos da região, associados da Associação de Folclore da Alta Estremadura, cabendo a esta a organização do evento.

A apresentação e o comentário a cada quadro coube ao Sr. José Travaços Santos e à Dª Maria Emília Francisco, que aproveitaram a ocasião para transmitir muito seu conhecimento e saber.

A noite terminou num grande baile com a participação de todos os participantes.

“Trajes de Portugal” congratula a Associação de Folclore da Alta Estremadura, na pessoa do seu Presidente, Rodrigo Sousa Martins, pela magnífica iniciativa, fazendo votos de que repita em futuras ocasiões.

Dª Maria Emília Francisco e Sr. José Travaços Santos 







 

Sardoal - Encontro de Tocadores de Instrumentos Tradicionais


segunda-feira, setembro 10, 2012

1º Congresso Internacional de Folclore - Açores


Inscrições e informações: info@cofit.org

quarta-feira, setembro 05, 2012

500 Anos do Foral da Vila de Cano

A Vila de Cano comemora no próximo dia 22 de Setembro os 500 anos da atribuição de Carta de Foral por El-Rei D. Manuel I, com um animado programa.

segunda-feira, setembro 03, 2012

Festival Internacional de Folclore Celestino Graça

A cidade de Santarém acolhe uma vez mais o Festival Internacional de Folclore Celestino Graça, de 5 a 9 de Setembro. Este ano, o evento conta com a participação de países como Argentina, Espanha, Estónia, Indonésia e Peru, que vão partilhar o palco com diversos ranchos folclóricos portugueses (Minho, Beira Litoral, Alta Estremadura e Ribatejo).


Ateliês de dança e animação nas ruas da cidade, desfile etnográfico, jogos tradicionais, homenagem ao fundador do Festival, espetáculos no auditório do CNEMA (nos dias 7, 8 e 9), animações gastronómicas, exposição e colóquio, celebração ecuménica, animação em lares da terceira idade e visitas guiadas, são algumas das atividades deste grande evento cultural, que tem ante-estreia, no Jardim da Liberdade.



Programa

Dia 6 de Setembro 2012 – quinta-feira

11h00 » Ateliês de Dança nas ruas da Cidade

12h00 » Teatro Sá da Bandeira – Colóquio

13h00 » Restaurantes – Jornada Gastronómica

15h30 » Ateliê de Dança – Portugal

22h00 » Jardim da Liberdade – Ante-Estreia do Festival (Org.:CMS)



Dia 7 de Setembro – sexta-Feira

13h00 » Restaurantes – Jornada Gastronómica

17h45 » Homenagem a Celestino Graça e Cerimónia de Inauguração do Festival, junto

ao Busto

18h15 » Desfile Etnográfico (Desde a Rua Teixeira Guedes até ao Largo do Seminário)

18h45 » Largo do Seminário – Saudação à População

19h00 » Câmara Municipal de Santarém – Sessão Solene de Boas Vindas

22h15 » CNEMA – espetáculo de Inauguração



Dia 8 de Setembro – sábado

11h00 » Centro Histórico de Santarém – Animação de Rua

13h00 » Animação do Lar de Idosos da SCM de Santarém

17h30 » Igreja da Graça – Celebração Ecuménica

22h15 » CNEMA – Gala Internacional de Folclore “O Mundo a Dançar”



Dia 9 de Setembro 2012 – Domingo

13h00 » Jardim dos Paços do Concelho – Almoço Regional (Org.:CMS)

17h00 » CNEMA – Espetáculo de Encerramento

ENTRADA LIVRE

Organização: Grupo Académico de Danças Ribatejanas.

Mostra de Trajo Etnográfico da Alta Estremadura

No próximo dia 8 de Setembro, pelas 21 horas, realiza-se em Leiria, mas concretamente no Mercado de Sant'Ana, uma Mostra de Trajo Etnográfico da Alta Estremadura, organizado pela Associação Folclórica Alta Estremadura.
A não perder!